08 outubro 2024

Clássicos da Literatura: Livros Indispensáveis para Todos os Leitores

 

Por que os Clássicos são Importantes?

Os clássicos da literatura são fundamentais para a formação cultural de qualquer pessoa. Desde que foram escritos, essas obras continuam a impactar gerações. Afinal, os temas que tratam são universais, como o amor, a ética, e as questões sociais. Além disso, autores como Machado de Assis, Tolstói e Shakespeare exploram a complexidade humana de forma atemporal.

Então, por que ler essas obras? A principal razão é que elas nos ajudam a entender melhor o mundo em que vivemos. Embora tenham sido escritas há muito tempo, continuam relevantes. Frequentemente, suas mensagens são aplicáveis à vida moderna, oferecendo uma visão crítica da sociedade e de seus dilemas.

Autores que Marcaram a História da Literatura

Machado de Assis: O Observador da Sociedade

Machado de Assis é um dos maiores nomes da literatura brasileira. Sua obra é conhecida por sua crítica social e ironia refinada. Livros como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas investigam a psicologia humana e expõem as hipocrisias da sociedade. Portanto, a leitura de suas obras é uma oportunidade para refletir sobre as contradições da vida.

Além disso, suas histórias são cheias de personagens complexos e cenários que refletem o Brasil do século XIX. Logo depois de ler uma de suas obras, você perceberá o quão relevante seu trabalho ainda é. A forma como ele aborda as fraquezas humanas e as ilusões das classes sociais faz com que suas obras sejam eternas.

Tolstói: Reflexões sobre a Humanidade

Léon Tolstói é outro gigante da literatura mundial. Seus romances, como Anna Karenina e Guerra e Paz, são conhecidos por explorar questões profundas da moralidade, do amor e do sofrimento humano. Então, se você busca uma leitura mais filosófica e existencial, Tolstói é uma ótima escolha.

Além disso, seus livros refletem as tensões da sociedade russa de sua época, mas seus temas são universais. A guerra, a desigualdade social e os dilemas éticos são tratados de forma minuciosa. Portanto, suas obras não são apenas ficção, mas também uma forma de reflexão sobre a condição humana.

Shakespeare: A Alma da Dramaturgia

Quando se fala em clássicos, é impossível não mencionar William Shakespeare. Suas peças, como Hamlet, Romeu e Julieta e Macbeth, continuam a ser encenadas e estudadas em todo o mundo. Shakespeare é conhecido por capturar com precisão as emoções humanas, desde o ciúme até a ambição.

Atualmente, suas obras são fundamentais no teatro e na literatura. Ele conseguiu traduzir os dilemas mais profundos da alma humana em textos acessíveis, mas ao mesmo tempo densos em significado. Além disso, suas tragédias e comédias abordam temas universais que nunca perdem a relevância.

Jane Austen: A Voz Feminina do Século XIX

Jane Austen é outra escritora que merece destaque quando falamos de clássicos. Ela é autora de obras como Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade. Seus romances abordam as complexidades das relações humanas, especialmente as sociais e românticas, sempre com um toque de ironia e crítica à sociedade britânica da época.

Afinal, Austen tinha um olhar afiado sobre os costumes de sua época, especialmente sobre o papel das mulheres. Ela conseguia descrever de maneira precisa e divertida as tensões e dificuldades que as mulheres enfrentavam nas relações e na sociedade patriarcal. Se você quer começar a explorar os clássicos com uma leitura envolvente e cheia de críticas sociais, Austen é uma excelente escolha.

Como Começar a Ler Clássicos?

Começar a ler clássicos pode parecer desafiador, especialmente para quem não está acostumado com a linguagem mais rebuscada. Primeiramente, é importante escolher um livro que desperte seu interesse. Afinal, uma leitura prazerosa facilita a imersão.

Então, busque traduções mais recentes, que possam tornar a leitura mais fluida. Frequentemente, as edições mais antigas usam uma linguagem que pode ser difícil de entender. Além disso, não se sinta pressionado a ler rápido ou entender tudo de uma vez. Os clássicos são ricos em detalhes e camadas de significado, permitindo diferentes interpretações a cada leitura.

Dica: Participe de Grupos de Leitura

Participar de um grupo de leitura pode ser uma ótima maneira de começar. Frequentemente, a troca de ideias com outras pessoas enriquece a compreensão da obra. Além disso, você pode manter uma rotina de leitura, o que ajuda a não abandonar o livro no meio.

Logo depois de terminar uma obra, compartilhar suas impressões com outras pessoas pode trazer novas perspectivas. Assim, você aprende mais e cria uma rede de apoio literário.

Os Clássicos São Essenciais

Os clássicos da literatura têm um papel insubstituível na formação de qualquer leitor. Afinal, obras de autores como Machado de Assis, Tolstói, Shakespeare e Jane Austen refletem as experiências humanas de forma universal e atemporal.

Portanto, se você deseja ampliar sua visão de mundo e se aprofundar em questões essenciais da vida, os clássicos são um excelente caminho. Eles nos forçam a pensar, a refletir sobre o presente e a entender melhor o passado. Logo, não deixe de incluir esses livros em sua lista de leitura.

Considerações Finais

Ler clássicos da literatura é uma experiência enriquecedora, capaz de mudar a maneira como vemos o mundo. Comece com um autor que mais lhe interesse, como Machado de Assis ou Jane Austen, e deixe-se levar pelas histórias que moldaram a literatura mundial. Ao mergulhar nesses textos, você não apenas desfruta de grandes histórias, mas também se torna um leitor mais crítico e consciente.

Para continuar explorando o mundo da literatura, veja os links abaixo, que trarão ainda mais insights sobre os grandes clássicos e suas influências no mundo contemporâneo.

Links Sugeridos

03 junho 2008

"Se" Poema traduzido de Rudyard Kipling



Se (Rudyard Kipling - tradução Filippo Pardini)

Se és capaz de manter a calma quando todos ao teu redor
a estão perdendo e te culpando por isso,
Se és capaz de acreditar em ti quando todos duvidam,
dando o devido crédito às suas dúvidas;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou enganado, não passar a mentir,
ou sendo odiado, não dar vazão ao ódio,
e mesmo assim não parecer bom demais, nem pretensioso:

Se és capaz de sonhar sem que teus sonhos te escravizem,
Se és capaz de pensar sem fazer dos teus pensamentos a única meta;
Se és capaz de encontrar o triunfo e a desgraça
e tratar da mesma forma esses dois impostores;
Se és capaz de suportar ouvir as verdades que disseste
torcidas e transformadas em armadilhas para tolos,
ou ver as coisas pelas quais deste a vida, estraçalhadas,
e te esforçar para reconstruí-las com as ferramentas gastas que te restam:

Se és capaz de juntar tudo que ganhaste em tua vida
e arriscar tudo isso de uma única vez,
e perder, e recomeçar tudo novamente
e apesar disso jamais dizer uma única palavra sobre a tua perda;
Se és capaz de forçar coração, nervos e tendões
até que não agüentem mais,
e mesmo assim ir em frente mesmo quando não sobrar nada em ti
a não ser a consciência que lhes impõe "agüentem firme!"

Se és capaz de falar com o povo mantendo teus princípios éticos,
ou no meio de reis não perder a naturalidade,
Se és imune a inimigos pessoais e a grandes amigos,
Se a todos podes ser de apoio sem exageros;
Se és capaz de preencher o minuto fatal
com sessenta segundos de grande valor,
Tua é a terra e tudo que há nela,
e - o que mais importa - tu és um Homem, meu filho!

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If (Rudyard Kipling)

If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don't deal in lies,
Or being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise:

If you can dream - and not make dreams your master,
If you can think - and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build 'em up with worn-out tools:

If you can make one heap of all your winnings
And risk it all on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!"

If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings - nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you,
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that's in it,
And - which is more - you'll be a Man, my son!


Análise do Poema "If" de Rudyard Kipling

O poema "If" de Rudyard Kipling é uma obra-prima da literatura que encapsula os valores e princípios que um pai deseja transmitir a seu filho. Publicado em 1910, o poema é uma reflexão sobre a masculinidade e as virtudes que moldam um caráter forte e resiliente. Vamos explorar os principais temas e mensagens contidos neste poema inspirador.

Estrutura e Estilo

O poema é estruturado em forma de verso livre, com uma métrica rítmica que contribui para a fluidez da leitura. Kipling utiliza uma linguagem clara e direta, o que torna as lições que ele apresenta acessíveis a todos. Cada estrofe do poema começa com "Se você", o que estabelece uma condição para o sucesso e a maturidade.

Temas Centrais

  1. Resiliência: Um dos temas mais proeminentes do poema é a importância da resiliência. Kipling nos ensina que, ao enfrentar desafios e adversidades, é crucial manter a calma e a determinação. A frase "se você pode enfrentar o triunfo e a derrota" nos lembra que a vida é feita de altos e baixos, e a verdadeira força reside em nossa capacidade de lidar com ambas as situações.

  2. Autoconfiança: O poeta também enfatiza a necessidade de confiar em si mesmo, mesmo quando os outros duvidam de nós. A frase "se você pode confiar em si mesmo quando todos duvidam de você" sugere que a autoconfiança é fundamental para o crescimento pessoal. Isso nos incentiva a seguir nossos próprios caminhos, apesar das opiniões alheias.

  3. Humildade: A humildade é outro valor crucial que Kipling aborda. Ele nos ensina que, ao alcançar o sucesso, devemos permanecer modestos e evitar a arrogância. A habilidade de "sonhar, mas não fazer dos sonhos seus senhores" destaca a importância de equilibrar ambição e humildade.

  4. Responsabilidade: Kipling também fala sobre a responsabilidade que vem com a liberdade. A ideia de "se você pode suportar ouvir a verdade que você disse" reflete a necessidade de assumir a responsabilidade por nossas ações e palavras. Isso é vital para construir a confiança e o respeito dos outros.

A Mensagem Final

A conclusão do poema, que menciona "você será um homem, meu filho", é uma declaração poderosa que resume a mensagem central de Kipling. O autor não está apenas falando sobre a masculinidade, mas sobre a formação de um caráter forte e íntegro. O poema serve como um guia para o crescimento pessoal e a autoaperfeiçoamento, independentemente do gênero.

Reflexão Pessoal

"If" ressoa com muitas pessoas, não apenas pela sua mensagem sobre a masculinidade, mas também por seu apelo universal às virtudes humanas. As lições de Kipling são atemporais e continuam a ser relevantes em nossa vida cotidiana. Em um mundo repleto de incertezas e desafios, o poema nos convida a refletir sobre como podemos aplicar essas lições em nossa própria jornada.

Conclusão

O poema "If" de Rudyard Kipling é uma celebração das virtudes humanas que todos devemos cultivar. Suas lições sobre resiliência, autoconfiança, humildade e responsabilidade são essenciais para o crescimento pessoal. Ao refletirmos sobre suas palavras, somos inspirados a nos tornarmos versões melhores de nós mesmos, enfrentando a vida com coragem e determinação.

Se você ainda não leu "If", vale a pena dedicar um momento para apreciá-lo e refletir sobre o que essas lições significam em sua vida.







14 abril 2008

Fanatismo - Fagner -composição de Florbela Espanca


Minh'alma de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
Posto que és já toda minha vida
Não vejo nada assim, enlouquecida,
Passo no mundo meu amor a ler
No misterioso livro do teu ser,
A mesma história, tantas vezes lida
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
De uma boca divina, fala em mim
E olhos postos em ti, sigo de rastros:
"Podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um deus, princípio e fim."

Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco,
diante do que sinto.

25 março 2008

O Homem Trocado - Luís Fernando Veríssimo


O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de
recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.
- Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo.
- Eu estava com medo desta operação...
- Por quê? Não havia risco nenhum.
- Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...
E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca
de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de
orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos
redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou
com sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não
soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.
- E o meu nome? Outro engano.
- Seu nome não é Lírio?
- Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e...
Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não
fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na
universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.
- Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês
passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.
- O senhor não faz chamadas interurbanas?
- Eu não tenho telefone!
Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram
felizes.
- Por quê?
- Ela me enganava.
Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas
que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico
dizer:
- O senhor está desenganado.
Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma
simples apendicite.
- Se você diz que a operação foi bem...
A enfermeira parou de sorrir.
- Apendicite? - perguntou, hesitante.
- É. A operação era para tirar o apêndice.
- Não era para trocar de sexo?
Luis Fernando Veríssimo

Poesia felicidade = Fernando Pessoa


Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Fernando Pessoa

Poemas de Amor - Flor Bela De Alma Da Conceição


Flor Bela de Alma da Conceição nasceu em Vila Viçosa a 8 de Dezembro de 1894.
Na Escola Primária adoptou o nome Flor d’Alma da Conceição Espanca. Completou o 11º ano do Curso Complementar de Letras e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.


A sua obra compreende sonetos e outras composições vibrantes, imbuídas de paixão, dor, melancolia, alegria, consoante o seu próprio estado de alma, tantas vezes atormentado pelo luto e pela solidão.

Florbela Espanca deixou-nos um legado literário considerável, de escrita apaixonada que vale a pena conhecer, reler e partilhar.

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida

Meus olhos andam cegos de te ver!

Não és sequer razão do meu viver,

Pois que tu és já toda a minha vida!




E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!


E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!




Meu amor, meu Amado, vê... repara:
Pousa os teus lindos olhos de oiro em mim,
- Dos meus beijos de amor Deus fez-me avara
Para nunca os contares ate ao fim

fONTE: livros e outras coisas

05 março 2008

Lembrando Leminski- Campo de Sucatas


Saudade do futuro que não houve

Aquele que ia ser nobre e pobre

Como é que tudo aquilo pôde

Virar esse presente podre

E esse desespero em lata?


Trecho do livro Ex-estranho (1996) de Paulo Leminski. Neste livro tem um pequeno texto introdutório:

"Este livro ... expressa, na maior parte de seus poemas, uma vivência de despaisamento, o desconforto do not-belonging, o mal-estar do fora-de-foco, os mais modernos dos sentimentos".

Clássicos da Literatura: Livros Indispensáveis para Todos os Leitores

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